sexta-feira, 20 de junho de 2008

São João é na Capital do Forró!





Não adiante. Nesta época do ano, todos os olhares estão voltados pra Caruaru. Tá, tem vááááárias outras cidades do interior do Estado que também tem bons festejos juninos. Mas é como no carnaval: interior também tem, mas nada se compara a Olinda e Recife. Enfim.

Em junho, a cidade conhecida como “princesa do Agreste” se transforma na “capital do forró”. Em pleno São João, é quase uma missão impossível encontrar um lugar lá que não role um tengo-lengo-tengo. É forró pé-de-serra, estilizado... pra quem curte um rala-bucho é maravilhoso! Quem passar por lá vai poder dançar ao som de Santana, Petrúcio Amorim, Geraldinho Lins, Nando Cordel, Quinteto Violado, Jorge de Altinho, Dominguinhos, entre tantos outros que representam o cancioneiro do forró.

A festa fica concentrada no Parque de Eventos Luiz “Lua” Gonzaga, com uma área de 40 mil m². Lá e nos arredores, nove pólos de animação retratam diferentes manifestações culturais, como grupos folclóricos, mamulengos, bacamarteiros, bandas de pífano, aboiadores, coquistas, recital, repentistas, trios pé-de-serra, festival de quadrilhas, mostras de arte popular, entre muitos outros atrativos.

Para segurar o pique, nada como forrar o bucho direitinho, né? Quando enjoar de se empanturrar de comida de milho (o prato principal das festas juninas), uma boa pedida é a tradicional carne de bode. No Alto do Moura há vários restaurantes bons e baratos que servem o prato.

E para os consumistas, nada como a Feira de Caruaru! Como cantava Luiz Gonzaga, “A Feira de Caruaru/Faz gosto a gente vê/De tudo que há no mundo/Nela tem pra vendê”. E tem mesmo. Vestimentas, comidas muitas outras coisas mais com óóóótimos preços. Sacola cheia com pouca grana! E em meio a tantas barraquinhas, um tesouro escondido: o Museu do Cordel. Mantido por um dos mais conhecidos cordelistas ativos, chamado Olegário, o museu do cordel abriga diversas obras de cordel, dos mais variados autores.

Agora se seu barato é artesanato, vá ao Alto do Moura. Lá, cada residência se transforma em ateliê, envolvendo toda a comunidade local, desde o mais simples ajudante àqueles que moldam o barro transformando-o em arte. Hoje, arte e artesãos vêem suas peças ultrapassarem as fronteiras do país.

Também no Alto do Moura, mais precisamente à Rua São Sebastião, o Museu Mestre Galdino é composto por peças do ceramista e poeta popular Galdino. Ilustrando a exposição, exemplares originais de poesias, fotografias, e textos sobre a vida e obra do artista. Já na Rua Mestre Vitalino, o Museu Mestre Vitalino serviu de residência do grande ceramista e família. Foi transformada em museu em 1971. O acervo é constituído pela própria edificação, em tijolos crus, que data de 1959, de objetos de uso pessoal e familiar, onde retrata a vida simples do grande mestre.

Resumindo: aproveite a desculpa do São João e vá conhecer umas das cidades mais legais de Pernambuco!

Números e dados – Caruaru é considerada, geograficamente, a cidade-centro da Região Nordeste. Está situada no Agreste Setentrional pernambucano, proporcionando, assim, distâncias menores e um melhor escoamento da produção e intercâmbio comercial. A área do município é de 928 Km2, com acesso pelas BRs 232 e 104. A população total é, de acordo com o IBGE, de 253.634 habitantes, sendo 217.407 na zona urbana e 36.227 na zona rural. Suas principais fontes de renda são o comércio, destacado como um dos maiores do interior do Nordeste, a indústria e o turismo, pela tradição e pelo grande núcleo de produção artesanal do Estado.

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