domingo, 19 de outubro de 2008

Final - Red Bull Street Style

Olá, pessoas! Para dar uma inovada nas minhas andanças, fui à final nacional do campeonato de futebol Freestyle Red Bull Street Style, que rolou ontem (17), no Marco Zero do Recife Antigo.

Começando do começo: eu não fazia a menor idéia do que cargas d’água era futebol freestyle!  Agora eu sei que é a execução de acrobacias com a bola não só com os pés, mas com várias partes do corpo, como cabeça, ombros, coxa, entre outras (olha como estou ficando sabida!). É meio que uma mistura de malabarismos com a bola e dança.

O evento, que teve apresentação de Roger de Renor (e um outro cara aí que não sei quem é), começou com uma apresentação da Mundo Livre S/A, que tocou “Free World”, “O Mistério do Samba” e “A Expressão Exata”. A banda não estava das mais animadas, mas nada que atrapalhasse.

E começou a competição. Dezesseis meninos (meninos mesmo, a maioria era adolescente) disputaram uma vaga no mundial da modalidade, e o negócio funcionava assim: dois deles duelavam por três minutos, sendo que cada um exibia seus dotes com a bola por 30 segundo, e depois passava para o adversário, e assim sucessivamente. No fim, o júri - formado pelo radialista Léo Medrado, o atacante Carlinhos Bala e o ex-jogador da Seleção Brasileira de 1970 Jairzinho - escolhia o vencedor do duelo, que se classificava para as semifinais e, por fim, a final.

Entre os competidores, um em especial tinha a maior torcida (basicamente as cinco mil pessoas que estavam assistindo): o garoto de 15 anos Pedro Henrique, o Pedrinho. Por quê? Simples, ele estava competindo em casa, ou seja, ele é pernambucano. E como pernambucano é bairrista pra caramba...

Depois notei que não era só bairrismo, não. Não é que Pedrinho é realmente muito bom? Imagine o que é fazer piruetas de ginástica artística e passos de hip hop com uma bola de futebol sem deixá-la cair. Pois é, ele fazia isso. Pena que ele não ganhou na final. Acabou perdendo a disputa para o capixaba Murilo Pitol. O terceiro lugar ficou para o carioca Fernando Carvalho, o Pitt, ou “Bolado”, como a platéia o apelidou (para quem é de outros estados: ‘bolado’ aqui em Pernambuco quer dizer ‘amostrado’, ‘metido’, ‘que se acha’).

Nesse meio de campo, a Mundo Livre subiu ao palco novamente, mais ou menos na metade da competição (antes de começar a apresentação, o Fred 04 até arriscou umas embaixadinhas, mas sem o público ver), para tocar “Meu Esquema” e “Musa da Ilha Grande”. Além deles, ainda se apresentaram Maggo MC (que incentivou a torcida pelo Pedrinho) e os b-boys do grupo Recife City Breakers.

Quem encerrou o evento foi a Mundo Livre S/A. Arrisco dizer que até um pouco mais animadinha do que no começo! Mandaram “Destruindo a Camada de Ozônio”, “Computadores Fazem Arte”, “Bolo de Ameixa”, “Muito Obrigado”, “E A Vida Se Fez de Louca” e outras duas músicas que não me recordo agora. Não foi lá o melhor show da vida deles, mas foi eficiente para a ocasião.

União – Preciso comentar: a postura dos competidores foi exemplar! Eles entravam abraçados, e vibravam uns com a vitória dos outros. Quando começaram a vaiar o adversário do Pedrinho, ele pediu pro público aplaudir em vez disso. Bonito de se ver! Que bom seria se todo mundo fosse assim... ah, e a platéia apelidou quase todos os freestylers (uia como já to!): Eduardo Key virou Coxinha (pela semelhança capilar com o mamulengo cearense), Murilo Pitol virou “Salsicha” e por aí vai.

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